Wednesday, October 31, 2007
SAUDADES
Saudade
Adeley
Fogo que queima a alma minha
De amor que por ti sinto
Este amor me queima por inteiro
Com a chama da saudade
do teu inimaginável cheiro
De tua amada presença de carinho
No meu coração,
em teu cantinho
Que é só teu e de ninguém mais
Que ficou escuro sem luz,
com tua partida
Para o silêncio da noite tu se foi,
sem despedida
Para outro coração de melhor lugar
Podes ir .Precisas voar...
Porém um rastro de tua presença sinto ainda
Mas sei que não mais vais voltar
Saibas:
Em meu coração tens sempre
o teu lugar
Como uma luz na janela da vida
Esperando, um dia ,
tu pra mim voltar.
Há , coração cego ,
nem quer enxergar
Que nem me amas assim para voltar
Mas esta esperança que o vazio ilumina
Fica, na minha solidão a torturar.
Bem sei apenas andorinhas voltam
Em cada verão para seu lugar
Mesmo de asas quebradas
tentam chegar
Eu nem sei mais voar
Não sei mais amar
Saudades,
aquí é teu lugar
By AZB> Adeley
31 de outubro de 200
7
Wednesday, October 24, 2007
Te Quero Feliz
..
Como ondas
Quem me dera te ver feliz
Um olhar de alegria
Uma canção no coração
Um abraço na noite
Quem me dera ver
um brilho de estrela
Em teu olhar no caminho
De abraços e carinhos
De felicidade interior
Num beijo do tamanho do mar
Quem me dera
Te ver feliz
Andar comigo à beira mar
De mãos dadas a sonhar
Esperando a lua chegar
Como se espera amar
Olhando numa só direção
A caminhar sem pressa de ser feliz
Eu você e o mar
Amo amar você:
Minha vida,
meu sol ,
meu mar
Minha saudade
que como o mar
me faz voltar...
Pra dizer eu te amo
.
By Adeley
Quarta feira,
24 de outubro de 2007
(Siderópolis SC
)...
Tuesday, October 02, 2007
VIDA SELVAGEM (linguagem tupi-guarani)
Indios tupí-guaraní/costumes
A lua
se esconde
para o dia
chegar
Luz!
E a floresta
amanhece
e vida a cantar
Lazer e trabalho;
duas tarefas,
para feliz ,
o dia tornar;
seja na floresta ,
ou em qualquer lugar.
O homem é feliz ,
ao se ocupar.
Na taba
amanheceu
Cultivar a música e juntos dançar
Fórmula simples de ser feliz
Não custa nada, tentar cantar
Para as tristezas espantar
Até mesmo, assoviar
vale a pena tentar...
Florasta Amazônica
e turismo?
Nós ,os indios,
somos um negócio
com nosso povo
nossa cultura,
nossas imagens ,
nossos conhecimentospara a
exploração de estrangeiros!
Porque os brasileiros não veem isso!
Vitória-régia,a maior flor aquática do mundo. Ela suporta o peso de um homem em sua superfície
Não é MARTE!
São hotéis para turistas no Amazonas
Uma índia fazendo massa da mandioca
Aquí e uma oca com turistas observando os índios(quantas doenças trarão para eles ,nestes contatos com brancos!)
Fazer o quê?
Índio virou negócio para empresa de turismo!
Poema:A VIDA SELVAGEM
(com idioma português e tupi-guarani)
Eis que a floresta verde acorda.
A TABA(aldeia), se movimenta com as falas.
ABÁS(homem), CUNHAS(mulher índia),CUNUMIM(menino), CUNHÃTA(meninas), acordam também na OCA(casa).
Ao acordar seguem para o PARANÁ(rio), ligeiras;
Para o banho matinal, tomar num mergulho só.
E os sons das águas, e pássaros se misturam,
Aos sons quem vem da TABA(aldeia).
Aos passos do ABÁS(homem) indo ao PARANÁ(rio),
Para pegar as IGARAS(canoa) e ir retirar das águas
Os COVES e JIQUIS bem cheios de PIRÁS(peixes).
Retiram os PIRÁS(peixes ) de dentro ,desta armadilha;
Pois é hora , dos PIRÁS(peixes)recolher, para assar,
Num braseiro , feito com lenhas , bem alí, no terreiro.
Dentro da OCA(casa),redes balançam penduradas;
E no chão, esteiras de "taboas"(fibra),esticadas..
Um cheiro de mato,perfume de flores no ar.
E no passeio, as borboletas cobrem o chão,
Que levantam voos livres e soltos , ao passar.
Ah!que floresta PORANGA!(bonita)..PORANGA...
PORANGA...
Com o COARACI(sol) fazendo o amanhecer chegar!
PORANGA(bonita)CUNHA(mulher), PORANGA ,CURUMI,CUNHÃTA na OCA.
E no PARANÁ os PIRÁS pulam querendo no PARANÁ ficar;
Nos COVES e JIQUIS,que o índio coloca na IGARA ou UBÁ(canoa);
E os PIRÁS pulam para da UBÁ fora saltar.
È a pescaria que nenhum dia, se pode parar.
CUNHA(mulher), olha atenta os CUNUMI E CUNÃTA a nadar.
Isso é "se lavar" no PORANGA PARANÁ.
Ah! PORANGA COEMA(bonita manhã) de COARACI (sol)!
Olhe!
O CURUMI corre com CUNHÃTAS para OCA,e vem todos.
Apressados, num som alegre de crianças na COEMA ( manhã);
E a CUNHA (mulher índia) os abraça como SY (mãe).
A sorrir diz ,para todos ouvir:_ É hora do Ú (comer e beber)!
E serve para aquelas crianças afoitas e selvagens,
Para Ú, UPIÁ (ovo), com UPIÁ (ovo), misturada com PIRÁ (peixe) e POTI (camarão).
A CUNHA SY (mulher índia, mãe) sopra o fogo.
E na panela de barro cozido, espalha a mandioca ralada;
E assa os BEIJUS (pãozinho) que alegre a criançada vai Ú.(comer)
Um outro tanto da massa de mandioca;
Ela enrola num graveto de pau;
E leva-o ao fogo,girando-o até que o assa.
Num estranho ritual.
Saí dalí, um pãozinho, enroladinho e assado num pau.
Que é saboreado com o mel das abelhas do mato recolhido;
Neste cardápio estranho inclui pássaro assado;
Besouros gafanhotos, corós, lagartas, minhocas..
Que numa panela de barro são todos torrados e Ú.
Os CURUMIS ou CUNUMI e CUNHÃTA, acham tudo muito CATU (bom).
E saem das OCAS, correndo, para ver novas IGARAS chegar.
Que na tarde, chegaram com mais COVES e JIQUIS cheios de PIRÁS.
Quando a TABA, está em festa ,flores enfeitam os ABA (cabelo);
Os corpos pintam de URUCUM e o ABÁS (homens) combinam de caçar;
Que em dia de caça, somente eles dançam;
E com flautas de bambus e osso, com os pés batendo em compasso;
Em fila vão, nas ocas visitar.
As mulheres, enfileiradas, se movimentam , levemente.
Para os deuses da natureza homenagear.
No outro dia homens vão a ROÇA (derrubar e queimar o mato) fazer
Para as mulheres e crianças plantar e colher.
CUNHA, CURUMÍ, CUNHÂTA vão a CÓ (roça) semer e plantar.
Num buraquinho feito à mão ou com graveto,
As sementes vão, alí, depositar:
Sementes de milho, amendoim, melancia, mamão;
Cajú.mangaba, pequí, tabaco, algodão;
E para as cabaças, os porongos para cuias,
sementes tem que, se semear.
O urucum é vermeelho para o corpo tingir.
O jenipapo, como outras plantas, dos índios herdamos;
Como a abóbora , a moranga,batata cará e o ananás.
A mandioca, que se conhece como aipim ou macaxera.
E tantas outras plantas como a bananeira;
Que foi do índio, e os civilizados, não sabem valorizar.
Mas, os PARANÁS, mais parecem um PARAGUASSÚ (oceano)
Parecem até PARÁ (mar) quando acontece a POROROCA (estrondo).
Depois da lida,CURUMI, CUNHÃTAS brincam na TABA.
E na rede de AMAJU (algodão), a TAPI (senhora) tece.
A alegria está na TABA, corpos vestidos de cores somente.
Com penas e flores na ACANGA (cabeça) da CUNHÃTA.
E olham no céu COARACI (sol) que já vai PORANGA.
A PYTUNA (noite) chega fresca ;
E refletida no PARANÁ a JACÍ (lua), tristemente.
Com a luz emprestada, de seu amante COARACI, a ilumina.
Na TABAS tudo silencia,
Apenas grilos,sapos coacham, cigarra canta, corujas piam;
E o ventos nas folhas farfalham.
Até a PYTUNA (noite) passar numa sinfonia , com cheiro de orvalho com mato, no ar.
COEMA (amanhã) começa um novo dia!
PYTUNA PORANGA! PORANGA ABÁ e CUNHA!
Pra ti .....que aqui ,estiver lendo....
CATU PYTUNA E COEMA!
Ah, Vida PORANGA!
Tu és o meu COARACI da PYTUNA!
**By AZB. Adelei***
12/19/16/15/27/00/00
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