Tuesday, September 12, 2006

VIDA SELVAGEM( palavras em tupí-guaraní/costumes)










Assim



a luz
despontou



























A lua

se esconde
para o dia
chegar















Animais
noturno
vão
se
abrigar









Luz!
E a floresta
amanhece
e vida a cantar





























Lazer e trabalho;
duas tarefas,
para feliz ,
o dia tornar;
seja na floresta ,
ou em qualquer lugar.
O homem é feliz ,
ao se ocupar.










Na taba
amanheceu





























Cultivar a música e juntos dançar
Fórmula simples de ser feliz
Não custa nada, tentar cantar
Para as tristezas espantar
Até mesmo, assoviar
vale a pena tentar...










Florasta Amazônica
e turismo?




















Nós ,os indios,
somos um negócio
com nosso povo
nossa cultura,
nossas imagens ,
nossos conhecimentospara a
exploração de estrangeiros!Porque os brasileiros não veem isso!
























Vitória-régia,a maior flor aquática do mundo. Ela suporta o peso de um homem em sua superfície














Não é MARTE!
São hotéis para turistas no Amazonas













Uma índia fazendo massa da mandioca















Aquí e uma oca com turistas observando os índios(quantas doenças trarão para eles ,nestes contatos com brancos!)
Fazer o quê?
Índio virou negócio para empresa de turismo!









































Vitória -régia































POEMA
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Poema:A VIDA SELVAGEM
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(com idioma português e tupi-guarani)
















Eis que a floresta verde acorda.
A TABA(aldeia),se movimenta com as falas.
ABÁS(homem),CUNHAS(mulher índia),CUNUMIM(menino),CUNHÃTA(meninas),acordam também na OCA(casa).
Ao acordar seguem para o PARANÁ(rio),ligeiras;
Para o banho matinal, tomar num mergulho só.

E os sons das águas,e pássaros se misturam,
Aos sons quem vem da TABA(aldeia).
Aos passos do ABÁS(homem),indo ao PARANÁ(rio),
Para pegar as IGARAS(canoa) e ir retirar das águas,
Os COVES e JIQUIS bem cheios de PIRÁS(peixes).
Retiram os PIRÁS(peixes ) de dentro ,desta armadilha;
Pois é hora , dos PIRÁS(peixes)recolher, para assar,
Num braseiro ,feito com lenhas ,bem alí, no terreiro.

Dentro da OCA(casa),redes balançam penduradas;
E no chão,esteiras de "taboas"(fibra),esticadas..
Um cheiro de mato,perfume de flores no ar.
E no passeio,as borboletas cobrem o chão,
Que levantam voos livres e soltos ,ao passar.
Ah!que floresta PORANGA!(bonita)..PORANGA...PORANGA...
Com o COARACI(sol) fazendo o amanhecer chegar!

PORANGA(bonita)CUNHA(mulher), PORANGA ,CURUMI,CUNHÃTA na OCA.
E no PARANÁ os PIRÁS pulam querendo no PARANÁ ficar;
Nos COVES e JIQUIS,que o índio coloca na IGARA ou UBÁ(canoa);
E os PIRÁS pulam para da UBÁ fora saltar.
È a pescaria que nenhum dia ,se pode parar.

CUNHA(mulher),olha atenta os CUNUMI E CUNÃTA a nadar.
Isso é "se lavar" no PORANGA PARANÁ.
Ah!PORANGA COEMA(bonita manhã) de COARACI(sol)!
Olhe!O CURUMI corre com CUNHÃTAS para OCA,e vem todos.
Apressados,num som alegre de crianças na COEMA( manhã);
E a CUNHA(mulher índia) os abraça como SY(mãe).
A sorrir diz ,para todos ouvir:_ É hora do Ú(comer e beber)!
E serve para aquelas crianças afoitas e selvagens,
Para Ú, UPIÁ(ovo),com UI(farinha),misturada com PIRÁ(peixe) e POTI(camarão).

A CUNHA SY(mulher índia,mãe) sopra o fogo.
E na panela de barro cozido,espalha a mandioca ralada;
E assa os BEIJUS(pãozinho) que alegre a criançada vai Ú.(comer)
Um outro tanto da massa de mandioca;
Ela enrola num graveto de pau;
E leva-o ao fogo,girando-o até que o assa.
Num estranho ritual.
Saí dalí, um pãozinho, enroladinho e assado num pau.
Que é saboreado com o mel das abelhas do mato recolhido;

Neste cardápio estranho,inclui pássaro assado;
Besouros gafanhotos,corós,lagartas,minhocas..
Que numa panela de barro são todos torrados e Ú.
Os CURUMIS ou CUNUMI e CUNHÃTA, acham tudo muito CATU(bom).
E saem das OCAS ,correndo ,para ver novas IGARAS chegar.
Que ,na tarde , chegaram com mais COVES e JIQUIS cheios de PIRÁS.

Quando a TABA,está em festa ,flores enfeitam os ABA(cabelo);
Os corpos pintam de URUCUM e o ABÁS(homens)combinam de caçar;
Que em dia de caça ,somente eles dançam;
E com flautas de bambus e osso,com os pés batendo em compasso;
Em fila vão ,nas ocas visitar.
As mulheres, enfileiradas, se movimentam , levemente.
Para os deuses da natureza homenagear.

No outro dia homens vão a ROÇA(derrubar e queimar o mato) fazer
Para as mulheres e crianças plantar e colher.
CUNHA,CURUMÍ,CUNHÂTA vão a CÓ(roça) semer e plantar.
Num buraquinho feito à mão ou com graveto,
As sementes vão , alí ,depositar:
Sementes de milho,amendoim,,melancia,mamão;
Cajú.mangaba,pequí, tabaco ,algodão;
E para as cabaças ,os porongos para cuias ,
sementes tem que ,se semear.
O urucum é vermeelho para o corpo tingir.
O jenipapo, como outras plantas , dos índios herdamos;
Como a abóbora , a moranga,batata cará e o ananás.
A mandioca ,que se conhece como aipim ou macaxera.
E tantas outras plantas como a bananeira;
Que foi do índio ,e os civilizados ,não sabem valorizar.

Mas ,os PARANÁS, mais parecem um PARAGUASSÚ(oceano)
Parecem até PARÁ(mar)quando acontece a POROROCA(estrondo).
Depois da lida,CURUMI,,CUNHÃTAS brincam na TABA.
E na rede de AMAJU(algodão),a TAPI(senhora)tece.
A alegria está na TABA,corpos vestidos de cores somente.
Com penas e flores na ACANGA(cabeça)da CUNHÃTA.
E olham no céu COARACI(sol)que já vai PORANGA.
A PYTUNA(noite) chega fresca ;
E refletida no PARANÁ a JACÍ(lua),tristemente.
Com a luz emprestada, de seu amante COARACI, a ilumina.

Na TABAS tudo silencia,
Apenas grilos,sapos coacham,cigarra canta,corujas piam;
E o ventos nas folhas farfalham.
Até a PYTUNA(noite) passar numa sinfonia , com cheiro de orvalho com mato, no ar.
COEMA(amanhã) começa um novo dia!
PYTUNA PORANGA! PORANGA ABÁ e CUNHA!

Pra ti .....que aqui ,estiver lendo....
CATU PYTUNA E COEMA!
Ah1 Vida PORANGA!
Tu és o meu COARACI da PYTUNA!

**By Adelei***12191615270000chazag





















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