Thursday, August 31, 2006

PASSARINHO AMARELO



O sol quente,a rua ,as flores,a praça
O olhar de um menino ,a passar,
Com seus vasos e suas flores
Tão pesado,carregando para vender.


Passa o jovem,velho,a mulher,
Mas nada querem do menino saber.
Alí ,sem a figura paterna,sem ninguém
Os vasos ,precisa vender e logo,
Para a familia o pão comprar.


Ali , na praça , carrega os sonhos
De criança ser :jogar gude,,bola também,
Pular amarelinha,soltar pipa,esconde-esconde,
Se equilibrar nos trilhos daquele trem;
Subir numa árvore e tentar voar, num pulo.
Nadar no rio sem roupa,ter um cachorro,
Ter um brinquedo e ter uma cama pra dormir.
Mas são ,do menino ,apenas sonho de criança;
Que tem que esquecer,
Pois, os vasos ,precisa vender.


Cansado ,a tarde finda,que alegria.
Apenas dois vasinhos restou.
Mas ao passar pela esquina
Um lindo canto de pássaro escutou
E numa busca ,seguiu o canto.


Maravilhado um passarinho vê;
Numa gaiola ,bem preso a cantar,
Sozinho , talvez chamando o par.
Que por encanto, o menino o achou
Alì ,preso, de penas amarelinhas,
Que ao sol pareciam ouro que cantava
Para o menino escutar.


Soltou os dois vasos no chão
-È como eu, preso ao trabalho..
Pensou o menino ao o escutar.
Que sem liberdade ,canta uma canção.


Queria o passarinho,dinheiro tinha pouco.
O velho olhou aqueles olhinhos tristes;
E pelos dois vasos, vendeu o passarinho
E ainda de para o menino
A gaiola e alpiste para canarinho.


E lá se foram dois prisioneiros amigos!
Um do trabalho paterno,outra da sua beleza.
O canarinho foi agora ,com seu dono
Para no amanhecer ,alegrar as tristezas.
Da vida sem chão,vida de trabalho


Chegou em casa e a gaiola , pôe no assoalho,
E se deita junto dela, segurando o rosto.
Ficou a olhar o passarinho lindo,
Que não cantava para o menino sorrindo.


AH! Mas ele pensou em carinho!
Dar para aquele canarinho amarelo...
Que a rua triste, toda encantou,
Com seu som tão belo,naquela praça.


E a gaiola ,abriu com cuidado,devagarinho
Pegou-o e aconchegou ao corpo com agrado
E ao cheirar e beijar o canarinho
Ele voou pela janela buscando liberdade.
Num voo tão alto ,sem direção...


O menino aflito o olhou,queria asas também,
Naquele momento crucial,
Para pegar de volta seu sonho ,daquela canção;.
E correu para fora olhando o céu vazio
A liberdade mata o passarinho a voar


O menino volta ,na praça,vender vasos sozinho.
Na mesma praça que aprendeu a sonhar.
Se tu passares por ele ,compre seus vasos e flores
Darás asas ao sonho do menino trabalhador



Naquela praça de flores ,
Sem canto do passarinho
Que morreu,para a liberdade alcançar.
Ficou ,o menino,preso ao trabalho
Olhando o céu e as crianças
Tão felizes na praça a brincar


Morreu o passarinh,sofre o menino
Para um dia os dois se encontrar
Num só voo que só a morte pode dar...

**Adelei** em homenagem ao menino vendedor de vasos.31181616060c0m







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canto

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