A tarde finda no céu
Na boca o gosto da morte.
Os olhos já não enchergam
O vento sopra do norte.
O cheiro das flores que enfeitam
O último vínculo com a vida
Já não mais encantam as narinas,
Tampadas com o branco das fibras.
A lágrima que corre no rosto,
A música que enche o lugar,
Gemem violinos , Lacrimosa,
No último caminho a passar.
Pessoas em volta em círculo,
A corda na alça ,o caixão
A guiar o caminho da terra;
A deixar o passado no chão.
Morte,morte ,óh! doce morte...
Como é bom o teu abraço;
Teu doce toque ,teu encanto,
A certeza de nunca mais
A dúvida ,o medo, o frio,
O dinheiro,o poder,ou sexo
Tudo o que possam me vender;
Nada mais eles tem a me oferecer.
Morte,morte,oh doce morte!
Agradeço pela liberdade
Por não ter nem que sentir saudade
Do que em vida,
Nunca me fez sentir feliz.
De Glauco Garcez.Em agosto de 2006 ,05 da manhã.
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